segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Suportes para Trepadeiras

Arcos, pergolados e suportes treliçados podem ser utilizados para conduzir trepadeiras em fachadas e varandas. As colunas podem levar uma bela bounganvília para se deitar sobre o telhado, garantindo sombra o ano todo e muitas flores na primavera. Arames e fios de nylon também podem ser utilizados para tutorar diversos tipos de trepadeiras, inclusive arbustos escandentes. Nas sacadas, as trepadeiras plantadas em jardineiras, ficam esplendorosas, dando privacidade em treliças e cerquinhas e derramando seus ramos e flores como uma cascata.



Caramanchões: Os caramanchões são as maiores e mais caras estruturas para as trepadeiras. Construídos com fortes colunas e réguas, eles são adequados para grandes e médios jardins. De madeira maciça, metal ou concreto, os caramanchões são feitos para durar. Por isso suas colunas devem ser chumbadas ao terreno com concreto, protegendo-se assim sua estrutura dos tombamentos e da umidade.

Os caramanchões são espaços de descanso e lazer, que podem ser utilizados isolados ou para integrar áreas ao jardim. Com móveis próprios para exteriores eles se tornam verdadeiras salas de estar ao ao livre. Democráticos, eles podem combinar com diferentes estilos paisagísticos. Madeiras rústicas e com pouco acabamento combinam com jardins tropicais, enquanto que as estruturas de alvenaria, metal e madeira lisa vão bem com jardins mais clássicos e contemporâneos.

A altura dos caramanchões deve ser de no mínimo 2,5 metros, para que as pessoas mais altas possam usufruir do espaço com conforto. Por serem estruturas mais altas, próprias para serem admiradas de baixo também, os caramanchões podem ser revestidos com trepadeiras de flores pendentes, como a sapatinho-de-judia e a trepadeira-jade por exemplo. As frutíferas também são excelentes para este tipo de estrutura, como a videira, o kiwizeiro e o maracujazeiro. Caramanchões utilizados como garagem exigem trepadeiras que não larguem flores ou frutos capazes de manchar os automóveis.



Pergolados: São suportes mais leves que caramanchões e podem ocupar espaços menores. As pérgolas são formadas por uma ou duas séries de colunas paralelas. Elas podem ser de madeira, metal, concreto ou bambú e servem para proteger e criar espaços de lazer e interação com a natureza. Podem ser colocadas em varandas, garagens, jardins internos, sobre bancos ou simplesmente para proteger outras plantas, como um pequeno orquidário por exemplo.

A própria estrutura da pérgola é capaz de sombrear parcialmente os ambientes, mas é com as trepadeiras que elas ficam completas. Dependendo da sua necessidade e desejo, pode-se escolher trepadeiras vigorosas que sombreiem bem a área, como a tumbérgia-azul, ou mesmo trepadeiras leves e anuais, que acrescentam graça ao local sem pesar no visual, como a clemátis e a amarelinha.

Neste tipo de estrutura qualquer trepadeira vai bem, basta respeitar as particularidades de cada espécie e adequá-la ao material utilizado no pergolado. Trepadeiras lenhosas e pesadas exigem uma estrutura mais reforçada, enquanto que as herbáceas e mais delicadas vão bem em qualquer tipo de material.




Cercas: Cercas ou alambrados de arame são tão feinhas quando solitárias. Com trepadeiras, elas podem ser transformar em floridas cercas-vivas. Mesmo as cerquinhas de madeira, mais simpáticas, ficam graciosas com trepadeiras delicadas. Para este tipo de suporte, as trepadeiras mais indicadas são as floríferas, de crescimento rápido, principalmente as volúveis e com gavinhas.

As cercas e portões com trepadeiras, podem ser muito úteis, escondendo estruturas feias, e protegendo a residência da poluição, seja ela provocada pelo pó ou pelo som. Além disso, elas resguardam a casa e o jardim de olhares curiosos, garantindo a privacidade dos moradores.

Para que a cerca feche bem rápido, plante mudas sadias, de um metro altura, a cada 2 metros lineares da cerca. Quando bem conduzidas, adubadas e podadas, as cercas de trepadeiras ganham corpo e muitas flores, alterando a paisagem. Algumas espécies indicadas para este uso são a tumbérgia-azul, o lençol-branco, a ipoméia e o amor-agarradinho.



Arcos: Os arcos são suportes simples, leves, geralmente metálicos ou plásticos e que remetem a um jardim romântico. Eles são suportes ideais às trepadeiras que necessitam ter seus ramos arqueados para florescer em abundância, como as roseiras trepadeiras.

Eles possuem a vantagem e a facilidade de se encaixar em diversos espaços. Um jardim pequeno, pode usufruir de um cantinho agradável com um arquinho sobre um banco ou uma cadeira de balanço. Portões pequenos ou grandes, transformam-se em pórticos quando emoldurados por arcos. A sensação que se tem é que estamos deixando o mundo lá fora e adentrando um mundo mágico, como um jardim secreto.

Arquinhos podem compôr outras idéias lúdicas no jardim, como caminhos. Para isto, basta enfileirar uma série de arquinhos que conduzem para um ponto de atração, como um portão, um espelho ou uma fonte. A criatividade é que manda. Os arquinhos portáteis, por serem estruturas mais leves, pedem trepadeiras mais delicadas. Uma boa sugestão para estes são as trepadeiras anuais, como a ipoméia, a amarelinha, a clemátis, a gloriosa, a trepadeira-mexicana, etc. Já os arcos mais resistentes, de portões de casas de campo por exemplo, podem ser cobertos com trepadeiras mais vigorosas.

Foto: Buck

Treliças: As treliças são suportes charmosos e práticos. De variados tamanhos, elas podem ser de madeira, metal, bambú ou plástico. Sua forma básica é feita pelo cruzamento ou entrelaçamento de ripas em "X". Com uma ampla gama de modelos prontos ou feitos sob medida, elas se encaixam em diversas utilizações e estilos de jardim. Sua integração com o ambiente vai depender da habilidade do paisagista em combinar os materiais e acabamentos com os diferentes tipos de arquitetura e estilo.

A união de treliças com outras estruturas também pode ser harmoniosa. Assim pode-se ter um caramanchão ou pérgola com paredes treliçadas, ou até mesmo cercas treliçadas, tudo para oferecer suportes mais charmosos e apropriados para a ascensão das trepadeiras. Biombos treliçados por exemplo, são excelentes para dividir ambientes no jardim e dar mais privacidade e conforto a varandas e fachadas.

Mas as treliças mais democráticas são as pequenas e móveis, que podem ser colocadas em vasos e jardineiras, dando suporte a delicadas trepadeiras anuais, como as gloriosas. Estas podem ir até para interiores, suportando trepadeiras de meia-sombra, como filodendros. As idéias são muitas, basta escolher a treliça que melhor se encaixa com seus desejos.



Coroamento de muros: Os muros geralmente são sisudos, chegando até a ser antipáticos aos pedestres que passam pela calçada. Com uma trepadeira bem conduzida, os muros podem ganhar graciosidade e beleza, pois os contornos naturais e curvilíneos da planta suavizam as linhas rígidas da construção. Além disso, o muro sempre ganha pelos menos alguns centímetros em altura, favorecendo desta forma a privacidade e a proteção contra a poluição.

Neste caso podem ser usadas tanto trepadeiras volúveis e sarmentosas como arbustos escandentes. Só o manejo e o tutoramento serão diferentes. As trepadeiras necessitarão de suportes que as levem até o topo dos muros, indicando o caminho. Estes suportes podem ser fixos ou temporários, disso vai depender a espécie escolhida e suas características. Trepadeiras lenhosas que engrossam o caule com o passar dos anos, dispensarão os tutores depois de bem estabelecidas. Este tipo de trepadeira é o que dá mais altura e corpo ao coroamento dos muros, como as bouganvílias. Coroamentos mais suaves podem ser feitos com ipoméias por exemplo.

Este tipo de utilização deve atentar para o bem estar dos pedestres também. Galhos espinhosos e compridos, pendendo sobre o caminho, podem ferir as pessoas e render sérios incomodos. Melhor cuidar para que a trepadeira traga somente alegrias e flores, com amarrações e podas periódicas.

Fonte: Jardineiro net

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